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Anatomopatologia
Líquidos cavitários
As técnicas de obtenção de amostra biol6gica de líquidos cavitários seguem basicamente os mesmos parâmetros de uma punção venosa básica, observando-se obviamente as diferenças anat6micas da região do corpo e espécie a ser explorada. Ater se a consistência e a viscosidade do liquido a ser aspirado para a seringa, principalmente em exsudato purulento por vezes, e tão espesso que s6 permite aspiração com agulhas de grosso calibre. Coletar cerca de 5ml do fluido com a seringa e passar 3ml para o frasco de tampa roxa e 3ml em frasco de tampa vermelha. Sempre preencher primeiro o tuba de tampa roxa. Líquor (Liquido Cefálo Raquidiano) puncãoo em 3 tubas com 1ml cada coletados em serie por gotejamento. Confeccionar a lamina utilizando técnica de "Squash" e seca-la ao ar. ldentificar cada lamina e mandar junta com amostra para analise do liquido cavitario.

CONSERVAÇÃO:
A amostra pode ser conservada sob refrigeração (2 a 8°C) por ate 36 horas. Recomenda-se enviar a amostra o quanta antes ou confeccionar laminas de esfregaço (através de "squash") no momenta da coleta, a fim de evitar a perda de características citol6gicas da amostra. E importante lembrar que não se deve congelar a amostra biológica. 0 congelamento destr6i os elementos celulares.
Histopatologia
A analise anatomopatológica e utilizada para diagnosticar lesões degenerativas, inflamatórias, neoplásicas e identificação de agentes infecciosos a partir da análise microscópica tecidual. Além disso permite a avaliação das margens cirúrgicas nos casos neoplásicos, dando suporte na avaliação do prognóstico do paciente oncológico e abordagem terapêutica pós-operatória.
A qualidade do exame histopatológico depende de sua boa execução em três fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica. A fase pré-analítica se inicia durante a coleta, fixação e identificação da amostra, preenchimento completo da requisição com a descrição adequada do material a ser enviado e informações clinicas do paciente. Nesta fase importante não ocorrer falhas na preservarão e transporte do material. Durante a fase analítica o fragmento histológico e processado no laboratório, inspecionado e analisado pelo Medico Veterinário Patologista. A fase pós-analítica compreende a interpretação dos resultados e diagnóstico da lesão para estabelecimento da conduta terapêutica do medico veterinário responsável. A participação de todos os profissionais envolvidos e muito importante para que se estabeleça com maior rigor possível o diagnóstico e tratamento da patologia esteja possível proporcionar uma recuperação adequada do paciente.
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Orientações pré-analíticas:
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INFORMAÇÕES DO PACIENTE E HISTÓRICO CLÍNICO DETALHADO:
As informações clínicas relativas a idade, gênero e raga associadas ao histórico clínico do animal são fundamentais para a determinação de diagnósticos diferenciais ou elaboração de comentários relativos aos possíveis diagnósticos. Se possível, enviar junta a requisição as informações sabre tempo de evolução da lesão, histórico detalhado de lesões anteriores, resultado de exames complementares (radiografias, ultrassonografias, exames hematológicos, bioquímicos, etc), tratamento e vacinações anteriores a suspeita clínica.
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DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DA LESÃO:
Informar localização anatômica: (Ex.: "Região cervical dorsal", "região dorso-proximal do membro pélvico direito", etc.), quantidade de lesões (Ex.: "múltiplos nódulos em membros anteriores", "dais nódulos em pescoço e cabeça", etc.), dimensões da lesão (Ex: "1,0 cm de diâmetro", "2,5 x 4,0cm", etc.), topografia e formato da lesão (Ex "plana", "arredondada", "formato de polipo", "irregular", etc.), consistência da lesão (Ex. "flutuante", "firme", "macia", etc.), coloração (avermelhada, enegrecida, pálida, etc), características gerais (aderências, ulcerações, alopecia, presença de dor, prurido, etc), tempo de evolutivo (Ex: "2 dias". "4 meses", "7 anos", etc.) e demais descrições que forem julgadas uteis.
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TECNICA DE COLHEITA:
Um resultado de exame histopatológico confiável começa com a coleta de um fragmento adequado para analise. 0 método de coleta deve ser avaliado cuidadosamente de acordo com cada lesão e sua localização. A biopsia excecional compreende a retirada da lesão em sua totalidade e quando possível com margens cirúrgicas amplas. Nos casos de avaliação das margens, identifica-las com marcações, coma pontos cirúrgicos, para facilitar e detalhar a descrição. Ja a biopsia incisional e realizada geralmente em lesões de grandes dimensões ou aquelas em que ha dificuldade de remoção total, sendo retiradas pequenas amostras representativas que permitam o diagnóstico histopatológico.
Nestes casos, recomenda-se que sejam retiradas amostras de diferentes locais de lesão, evitando áreas de necrose ou ulceração, pois
podem dificultar o diagnóstico. Os fragmentos retirados por biopsia incisional devem ter entre 0,5 e 1 cm de espessura. As superfícies de carte devem compreender, sempre que possível, uma parte do tecido lesionado e outra do tecido sadio adjacente evitando área central da lesão.
CUIDADO:
A colheita de material para histopatológico necessita imperativamente de sedação, anestesia local e/ou geral, segundo critérios e protocolos do clínico veterinário responsável. Lembrando a importância também dos devidos cuidados pre-cirúrgicos (avaliação de risco cirúrgico, jejum, antissepsia local, etc). A seleção e triagem do paciente devem seguir rigoroso controle coma em qualquer outro caso cirúrgico.
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FIXAÇÃO E ENVIO DO MATERIAL AO LABORATÓRIO:
0 correto manejo da amostra, desde o momento da coleta até sua chegada ao laboratório e essencial para manter a devida preservação tecidual e evitara formação de artefatos indesejáveis e autólise, capazes de prejudica completamente a avaliação.
A função da fixação e a de inibir o processo de autólise fragmento coletado para que este possa ser adequadamente analisado quando chegar ao laboratório. A qualidade da fixação pode impactar consideravelmente na viabilidade do tecido.
VÁRIOS FATORES DEVEM SER CONSIDERADOS NO MOMENTO DE FIXAÇÃO DO MATERIAL COLETADO: ,
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0 fragmento de tecido deve ser acondicionado em formalina imediatamente após a excisão, respeitando um limite maximo de 30 minutos após a coleta.
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A proporção correta de formal a 10% para amostra deve ser de 10:1, ou seja, 9 partes de formal para 1 parte de amostra.
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Os recipientes para acondicionar as amostras devem ser proporcionais aos seus tamanhos e comportar o volume total de amostra
+ o formal, respeitando-se sempre a razão de 10:1 entre volume de formal e de fragmento tecidual.
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0 gargalo do recipiente deve ser mais largo do que a amostra, pois, apesar de os tecidos frescos serem flexíveis e maleáveis, as amostras fixadas com formalina tornam-se rígidas, o que dificulta 3 sua manipulação através de um orifício estreito.
A citologia e um método de diagnóstico rápido utilizado coma ferramenta de triagem para a escolha da abordagem terapêutica. Através da analise citológica se obtêm características individuais das células que fornecem ao veterinário informações sabre o tipo de lesão observada - inflamatória (inflamação aguda ou cronica) e neoplásica (neoplasia benigna ou maligna) - necessitando muitas vezes do exame histopatológico para a confirmação diagnóstica pela observação da arquitetura tecidual .
Os cuidados com o envio do histórico completo do paciente junta a requisição preenchida e a amostra são os mesmos do exame histopatológico. E importante identificar as laminas enviadas com o nome do paciente e o local de coleta, alem da identificação dos frascos "porta laminas". A qualidade do exame citológico depende da técnica de coleta utilizada e fixação da amostra. E indicado o envio de no minima três laminas citológicas para uma analise criteriosa e menor chance de se obter um diagnóstico inconclusivo.
EXAMES URGENTES
E preciso ter cuidado com materiais biológicos considerados urgentes e/ou com curto prazo de conservação.
O material deve ser colhido e enviado imediatamente ao laboratório.
CITOLOGIA ESFOLIATIVA
indicada para avaliação de epitélios, caracterização de exsudatos ou para visualização de agentes infecciosos e parasitários,
determinação da fase do ciclo estral de cadelas, lesões cutâneas em geral, otites, etc. Remover as células mais superficiais da lesão através de esfoliação (raspagem) com swab, colocar na superfície de uma lamina de vidro.
CITOLOGIA POR IMPRINT OU "CLAPS"
indicada para lesões ulceradas, retirar de sangue e fazer a impressão (imprint ou "claps") em uma lamina de vidro.
CITOLOGIA POR ESMAGAMENTO (SQUASH)
Esta técnica consiste em colocar uma lamina sabre a outra, contendo um fragmento de aproximadamente 2mm do material a ser examinado ou uma gota de líquido entre ambas, comprimindo-ase espalhando o material.
CITOLOGIA ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) OU PUNÇÃO ASPIRATIVA
Usar seringa e agulha para aspirar massas, nódulos, formações ou órgãos superficiais ecolocar o conteúdo em uma lâmina e deslizar sabre outra. Fixar as 2 laminas ao ar
DICAS DE ENVIO:
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Preferível o envio das laminas de vidro em frasco adequado (porta laminas) para evitar perda e quebra do material;
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Procure enviar as laminas separadas, evitando que elas grudem umas nas outras, gerando possíveis artefatos.
Em caso de duvida sabre a técnica de coleta, preparo das lâminas e envio das amostras entre em contato conosco
Citopatologia:



Tutorial de coleta citológica:
